Informativo Astronômico União Brasileira
de Astronomia Volume 5 n° 3 Jul-Set/1985 p. 32-3
Como determinar a Latitude das Manchas Solares
INTRODUÇÃO
Observar manchas solares é algo fácil e graificante, mesmo
com pequenos instrumentos. Estes, quase sempre já vêm equipados
com suportes para uma tela de projeção da imagem do Sol e filtro,
que adaptado à ocular, permite a observação direta.
Este tipo de observação não é recomendável,
pois o filtro pode rachar com calor, permitindo um vazamento de luz fortíssima,
causando sérios danos à vista. Assim, o melhor é por
meio da projeção, que além da segurança, tem
muitas outras vantagens, quais sejam: desenhar e contar as manchas com maior
conforto; determinar a latitude e longitude dos grupos no limbo solar; comparar,
dia a dia, o deslocamento aparente das manchas, que refletem a rotação
axial do Sol; várias pessoas poderão observar ao mesmo tempo,
etc...
Além da inclinação do eixo da Terra em relação
ao eixo do Sol pela obliquidade da Eclíptica, há também
uma inclinação do plano do equador com o plano da Eclíptica,
de 7°11'30". Duas vezes no ano, em 5 de junho e 6 de dezembro, a Terra
encontra-se no mesmo plano do equador solar, nos demais dias do ano a Terra
ora está abaixo, ora acima do equador. Os anuários trazem as
referências dessas efemérides.
DETERMINAÇÃO DOS HEMISFÉRIOS SOLARES:
O Sol não ter, como a Lua, acidentes fixos que possam servir de pontos
de referência. As manchas surgem, frequentemente, numa faixa próxima
ao equador, porém tem características instáveis. Para
saber-se se elas situam-se ao norte ou ao sul do equador, procede-se da seguinte
forma:
Traça-se um círculo de diâmetro igual ao da imagem do
Sol numa folha de papel. Traça-se, inclusive, uma linha Norte-Sul
e outra Leste-Oeste, dentro do círculo. Essas linhas são relativas
à Terra. Consulta-se o anuário e verifica-se o ângulo
de posição (P) e a latitude heliográfica do centro do
disco solar (Bo). Traça-se, então, outra linha Norte-Sul, formando
o ângulo de posição e outra perpendicular a esta, que
poderá ser uma elipse, dependendo da latitude do centro do disco solar,
representando o equador do Sol.
Coloca-se o círculo sobre a tela e projeta-se a imagem do Sol, primeiramente
de maneira que uma mancha fique em cima da linha do equador, relativo à
Terra, próximo ao bordo oeste do círculo. Com a rotação
da Terra, a mancha vai se deslocando em direção ao Leste [sic:
Oeste]. Ajusta-se o círculo de modo que a mancha faça esse
percurso sempre em cima da linha. Isso conseguido, coloca-se a imagem do
Sol dentro do círculo, podendo-se, então, anotar a posição
das manchas e se saberá as que estão ao Norte ou ao Sul do
equador solar.
Esse procedimento serve tanto para telescópios montados equatorialmente
como para alta-azimutal.
[Figura]
Universo, Volumen 5 Número 20 Octubre-Diciembre
1985 p. 189
Como determinar a latitude das manchas solares
Observar as manchas solares é algo fácil e gratificante mesmo
com pequenos instrumentos. Estes, quasi sempre, já vem equipados com
suportes para uma tela de projeção da imagem do Sol e com filtro,
que adaptado á ocular, permite a observação directa.
Este tipo de observação não é recomendavel, pois
o filtro pode rachar com calor, permitiendo um vazamento de luz fortíssima,
causando sérios danos à vista. Assim, o melhor é por
meio da projeção, que além da segurança, tem
muitas outras vantagens, quais sejam: Desenhar e contar as manchas com maior
conforto; determinar a latitude o longitude dos grupos no limbo solar; comparar,
dia a dia, o deslocamento aparente das mancha, que refletem a rotação
axial do Sol; várias pessoas poderão observar ao mesmo tempo,
etc...
Além da inclinação do eixo da Terra em relação
ao eixo do Sol pela obliquidades da Eclíptica, há tambiém
uma inclinação do plano do equador com o plano da Eclíptica,
de 7° 11' 30". Duas vezes no ano, em 5 de junho e 6 de dezembro, a Terra
encontra-se no mesmo plano do equador solar. Nos demais dias do ano a Terra
ora está abaixo, ora acima do equador. Os anuários trazem as
referências dessas efemérides.
O Sol não tem, como a Lua, acidentes fixos que possam servir de pontos
de referência. As manchas surgem, frequentemente, numa faixa próxima
ao equador, porém tem características instáveis. Para
saber-se se elas situam-se ao norte ou ao sul do equador, procede-se da seguinte
forma:
Traça-se um círculo de diâmetro igual ao da imagem do
Sol, numa folha de papel. Traça-se, inclusive, uma linha Norte-Sul
e outra Leste-Oeste, dentro do círculo. Essas linhas são relativas
à Terra. Consulta-se o anuário e verifica-se o ângulo
de posição (P) e a latitude heliográfica do centro do
disco solar (Bo). P e tal que -26.3° < P < +26.3° (Figura
1).
Traça-se, então, outra linha Norte-Sul, formando o ângulo
de posição e outra perpendicular a esta, que poderá
ser uma semi-elipse, dependendo da latitude do centro do disco solar, representando
o equador do Sol.
Coloca-se o círculo sobre a tela e projeta-se a imagem do Sol, primeiramente
de maneira que uma mancha fique em cima da linha do equador, relativo à
Terra, próximo ao bordo oeste do círculo. Com a rotação
da Terra, a mancha vai se deslocando em direção ao Leste [sic:
Oeste]. Ajusta-se o círculo de modo que a mancha faça esse
percurso sempre em cima da linha. Isso conseguido, coloca-se a imagem do
Sol dentro do círculo, podendo-se, então, anotar a posição
das manchas e se saberá as que estão ao Norte ou ao Sul do
equador solar.
Esse procedimento serve tanto para telescópios montados equatorialmente
como para alta azimutal.
[Figura]
(volta)