Fonte: @PhisicsInHistory / Shared for educational purposes
Nas décadas de 1920 e 30, a física passou por uma transformação revolucionária que lançou as bases para nossa compreensão do universo. Esta era, muitas vezes referida como a “Era de Ouro da Física Moderna”, viu o nascimento da mecânica quântica, o desenvolvimento da relatividade geral e as principais descobertas da física nuclear. Veja por que esse período foi tão importante.
A história começa com a Física Quântica, um campo que mudou fundamentalmente nossa compreensão da natureza nas menores escalas. Em 1925, Werner Heisenberg introduziu a Mecânica Matricial, a primeira formulação completa da mecânica quântica. Isso foi logo seguido pela mecânica ondulatória de Erwin Schrödinger em 1926, oferecendo uma visão diferente, mas equivalente, do comportamento quântico.
O Princípio da Incerteza, formulado por Heisenberg em 1927, foi outro desenvolvimento inovador. Ele postulou que quanto mais precisamente a posição de uma partícula é conhecida, menos precisamente seu momento pode ser conhecido e vice-versa.
Este princípio desafiou a ideia clássica de determinismo e introduziu um limite fundamental para o que pode ser conhecido sobre um sistema.
Bohr contribuiu significativamente durante este período com sua interpretação de Copenhague da mecânica quântica. Bohr argumentou que as partículas quânticas não têm propriedades definidas até serem medidas, uma ideia encapsulada em seu princípio de complementaridade, que se tornou uma interpretação filosófica central da teoria quântica.
Juntamente com a mecânica quântica, a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, publicada em 1915, continuou a fazer ondas nas décadas de 1920 e 30. Essa teoria forneceu uma nova compreensão da gravidade, descrevendo-a como a curvatura do espaço-tempo causada pela massa e energia.
Em 1929, a descoberta de Edwin Hubble do universo em expansão forneceu confirmação observacional do modelo de universo dinâmico de Einstein.
A descoberta do nêutron por James Chadwick em 1932 foi outro avanço monumental. Essa descoberta completou a compreensão da estrutura atômica e abriu as portas para a física nuclear, levando a avanços que acabariam culminando no desenvolvimento da energia e das armas nucleares.
O desenvolvimento da estatística quântica foi outro avanço crítico. Enrico Fermi e Paul Dirac desenvolveram independentemente a estatística de Fermi-Dirac em 1926, descrevendo o comportamento de partículas conhecidas como férmions. Isso foi essencial para entender a estrutura da matéria, incluindo o comportamento dos elétrons nos metais e as propriedades das estrelas de nêutrons.
Este período também viu o surgimento da Eletrodinâmica Quântica (QED), a teoria que descreve como a luz e a matéria interagem.
As bases para a QED foram lançadas por Dirac, Heisenberg e Wolfgang Pauli no final dos anos 1920 e 30, preparando o terreno para a teoria completa desenvolvida na década de 1940.
Este período também viu o surgimento da Eletrodinâmica Quântica (QED), a teoria que descreve como a luz e a matéria interagem.
As bases para a QED foram lançadas por Dirac, Heisenberg e Wolfgang Pauli no final dos anos 1920 e 30, preparando o terreno para a teoria completa desenvolvida na década de 1940.
A colaboração e a troca de ideias entre cientistas durante este período foram cruciais. Institutos como o Instituto de Física Teórica de Niels Bohr em Copenhague tornaram-se centros de intercâmbio intelectual, promovendo discussões que moldariam o futuro da física.
Finalmente, as implicações filosóficas dessas descobertas levaram a profundas reflexões sobre a natureza da realidade. Os debates entre Einstein e Bohr sobre a mecânica quântica destacaram as questões profundas levantadas por essa nova física – questões que continuam a inspirar físicos e filósofos.
As décadas de 1920 e 30 foram de fato a era de ouro da física moderna porque foram um período de intensa inovação, descoberta e avanços teóricos. As bases lançadas durante essas décadas continuam a sustentar nossa compreensão do universo, influenciando a pesquisa em física até hoje.
Os debates entre Einstein e Bohr sobre a mecânica quântica destacaram as questões profundas levantadas por essa nova física – questões que continuam a inspirar físicos e filósofos.