1987

A Super Nova 1987 A

Na manhã de 24 de fevereiro de 1987, às 4h08, e logo depois as 7h:09h, o assistente de noite com o Oscar Duhalde, do observatório americano de Lãs Campanas, no Chile e o astrônomo amador Albert Jones, em Nelson, Nova Zelândia, descobriram visualmente a supernova SN em 1987 A (essa letra que significa foi a primeira estrela do gênero descoberta este ano). Sua magnitude e visual aparente era de 4.5, o que significa que ela era facilmente visível a olho nu.  Estava na Grande Nuvem de Magalhães, na constelação de Dourado, ao lado da Nebulosa da Tarântula. Naquela mesma manhã, às 5h:05h, o astrônomo canadense Ian Shelton, da Universidade de Toronto, em missão o Observatório de Lãs Campanas, identificou um novo objeto de sua placa fotográfica. Pensou que havia um defeito na emulsão, mais ao observar o céu como os próprios olhos verificou que havia descoberto a mais brilhantes supernova observada desde 1604.

Grande Nuvem de Magalhães

Em virtude de seu brilho, a SN 1987A constituiu uma festa para os habitantes do hemisfério sul, que tiveram a sorte de observar a olho nu as últimas luzes de uma estrela que desapareceu há aproximadamente 160 milênios. Como a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães – duas pequenas galáxias-satélites da nossa Via Láctea – estão situadas as cerca de e 165 mil anos-luz, podemos afirmar que a luz proveniente da explosão a que agora assistimos levou 165 mil anos para chegar até nós.  Na realidade, assistimos, no dia 24 de fevereiro de 1987, a um evento cataclísmico que ocorreu na Grande Nuvem de Magalhães muito antes do aparecimento do Homo sapiens na Terra. O Grupo de Estudos de Estudos de Astronomia estava em férias escolares e recebeu a notícia via noticiários de televisão e jornais,   e assim como todo mundo científico que foi pego de surpresa. O assunto foi a notícia quente durante a assembléia ordinária do Grupo de Estudos de Astronomia, realizada no Planetário da UFSC que visava montar a programação das palestras do primeiro semestre de 1987. Imagens e recortes de jornais foram exibidos durante o encontro.
             

Antes

Depois

Na verdade após o fiasco do Come Halley a Supernova 1987A foi o primeiro grande evento astronômico que Grupo observou sistematicamente, mesmo não tendo feito uma programação especial para a efeméride. Praticamente todas as sextas feiras o ritual se repetia no  Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina. Naquela época era possível observar a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães,  galáxias satélites da Via Láctea ali mesmo no Planetário da UFSC, com boa resolução do céu. Todos após a assembléia do dia 24, foram para os fundos do Planetário observar a estrela com a vista desarmada,  que tinha magnitude em torno de 4,5 magnitudes visuais.

No ano de 1987 também foi realizado no período de 14 a 25 de setembro, o segundo curso de introdução de astronomia ministrado pelo Grupo de Estudos de Astronomia, que foi denominado de “Curo Livre de Introdução à Astronomia 2”, onde a Supernova foi o destaque do curso nas aulas de cosmologia.
             

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