Até o ano de 1989 o Grupo de estudos de Astronomia era mantido com recursos das mensalidades pagas pelos seus sócios, que se dividiam em fundadores, patrimoniais e estudantes. O preço estabelecido para um sócio patrimonial era o da capa de uma revista “Astronomy” importada dos Estados Unidos. Esta prática prevaleceu até o início de 1989, a partir daí as atividades passaram a ser custeadas como recurso das inscrições dos cursos que até então eram gratuitos e muitas vezes não eram frequentados a contento. A prática da cobrança de também inibia muitas vezes o comparecimento do sócio inadimplente ou mesmo estudante que não tinha condições de se associar.
Praticamente após cinco anos se reunindo sistematicamente todas as semanas o Grupo de estudos de astronomia sente a necessidade de intensificar o número de frequentadores de sua reuniões que continuavam em torno de 15 participantes por palestra ministrada nas sextas feiras. Nasce então a ideia de produzir o primeiro informativo do Grupo que circularia gratuitamente entre os frequentadores mais assíduos e também seria oferecido aos alunos que vinham fazer os cursos de introdução à astronomia . A ideia era manter um elo extra muros do campus onde os ex-frequentadores poderiam retornar as atividades programadas.
Em um mundo sem Internet, e sem possibilidade de divulgação na imprensa radiofônica ou televisada, a solução foi para criação de um informativo custeado pela Planetário da UFSC. No mês de fevereiro de 1989, Eu e Celso Pereira lançamos mão da ideia e saímos a luta. Primeiramente a escolha do nome foi feita por Celso Pereira e rapidamente aceita, Cygnus X3. A escolha do nome está relacionada o vanguardismo científico que representava o objeto celeste para aquela época, recém descoberto o Cygnus x-3 era um classificado como um micro quazar composto uma sistema binário e estrelas, que desafiava as teorias de física estelar da época.
Micro Quazar CYGNUS X-3
O local onde o primeiro exemplar do Cygnus X-3 foi datilografado foi no Serviço de Finanças do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, local onde eu trabalhava e dispunha de uma máquina de escrever “Olivetti Et 121 Elétrica”. Esta máquina dispunha de um sistema de margaridas que podia alterar o tamanho das letras, e também um importante sistema de correção onde o datilógrafo podia apagar as letras digitadas erradas. O primeiro Cygnus X-3 por possuir 4 páginas levou cerca de quatro dias para estar pronto para ser xerocado e distribuído via Correios.
O exemplar de número 1 de março de 1989, foi coordenado por mim, com participação de Celso pereira e contou com a colaboração de notícias de: Newton Tesseroli , Adolfo Stotz, Alfredo Martins e Avelino Alves entre outros. A partir de 1994 os boletins informativos passaram ser editados por José Tadeu Pinheiro e sua tiragem passou a ser trimestral. Hoje ele cumpre ainda o seu papel em conjunto com as outras mídias existentes, home page, Listas. Twitter, Orkut, radio e televisão e jornais.