2024

O GEA e a Evolução das Tecnologias de Ensino na Divulgação da Astronomia: O Desafio do Novo Paradigma da Inteligência Artificial

Fonte: Alfredo Martins e Luciano Linhares Martins.

Já se passaram 37 (trinta e sete) anos. Mas ainda é colorida a memória de estar sentado no anfiteatro do Planetário UFSC para assistir a palestra de um abnegado membro do GEA – Grupo de Estudos de Astronomia. Nosso estimado palestrante Pinho, formado em física, estava munido de um solitário “Giz” para apresentar fundamentos da estrutura atômica rabiscando um quadro negro. Você até poderia comparar esta situação com a do maior dos maiores físicos de todos os tempos, o fabuloso Albert Einstein, que também com giz e quadro negro tentava muitas vezes em vão explicar aos atônitos ouvintes sua Teoria da Relatividade.

Mas, já se passaram século e meio. Novas tecnologias de ensino e aprendizagem foram sendo implementadas com a chegada de melhores ferramentas que auxiliassem a qualidade do ensino. E o GEA seguiu esta trajetória de evolução na arte da divulgação pública da astronomia.

A utilização de “Slides” foi primeiramente muito utilizada. Os livros e revistas internacionais eram fotografados, revelados e o filme fixado numa moldura para utilização em carretéis de “projetores”. As belíssimas imagens coloridas da astronomia e astronáutica e os excelentes diagramas e mapas eram uma atração irrecusável para ir ao Planetário às sextas-feiras. Com a demanda de aulas, cursos e palestras, foi necessário construir uma “Gambiarra”, engenhoca muito bem concebida com dispositivo de fixação da máquina fotográfica e ajuste do foco bem como iluminação bidirecional. Centenas de unidades foram produzidas e ainda estão no acervo do GEA.

Os “Retroprojetores”, onde o conteúdo didático estava registrado numa “transparência”, foram uma solução por sua facilidade e diminuição dos custos e tempo de produção, além da imagem mais clara e possível de projeção em paredes. Inicialmente eram escritos a mão, com canetas e pincéis coloridos permanentes. Tinha a grande vantagem de dar liberdade ao apresentador de aplicar sua linha de raciocínio. A partir dos anos 90, com o advento da internet e evolução das máquinas copiadoras tipo Xerox, as transparências passaram a ser impressas em Preto & Branco e depois Coloridas, uma beleza de reprodução de páginas de conteúdo científico. Igualmente aos Slides, dezenas destas variedades ainda estão em nosso acervo.

A utilização de “Data Show” foi consequência da inexorável, rápida e maravilhosa evolução das mídias digitais, oriundas de hardwares e softwares em contínuos progressos. Nesta altura, as palestras eram criadas no “PowerPoint” da Microsoft e gravadas em contínuas novas modalidades: Desde os “Disquetes 3 ½ polegadas” com memória de 1,44 MB, sucesso nos anos de 1990, passando nos anos 2000 para os “CD graváveis” com capacidade de armazenamento de dados saltando para 650 MB, e chegamos em pouco tempo ao “USB flash drive” ou simplesmente “Pen drives”, nossos famosos “Chupacabra”, atualmente com memória superior a 1 TB, onde facilmente gravávamos as aulas que eram apresentadas com a utilização de Notebooks privados ou o Desktop do Planetário conectados ao projetor.

Até aqui, toda criação educacional era basicamente uma produção intelectual oriunda de um esforço pessoal, ou equipe, em pesquisas na literatura ou de seus próprios experimentos, potencializada com as vastas referências de conteúdos na internet e seus inúmeros modos de acesso.

Não de agora, mas já agora, uma nova modalidade desta produção de conhecimento está disponível, se estabelecendo e aumentando vertiginosamente seu alcance: é o novo paradigma da “Inteligência Artificial”, a quase onipresente AI – Artificial Intelligence. Não é escopo desta postagem discernir sobre esta tecnologia, mesmo porque seguramente você já está envolvido nela. E também ao ter contato, não ficará dúvidas do surpreendente poder e suas infinitas aplicações. Integrando centenas de milhões de algoritmos dentro do conceito de “Machine Learning”, inusitadas informações emergem para as ciências, artes e saberes em geral. A intersecção da tecnologia com a natureza se expressa com tão profundas e implicantes consequências, que levarão os humanos a concretamente questionar: O que é a realidade?

Nada melhor que um significante exemplo deste “Novo Paradigma”, dentro deste nosso campo de exposição que é o ensino da astronomia e suas ferramentas tecnológicas:
Solicitei a uma das fontes de Inteligência Artificial, neste caso o Apple ChatGPT 4.0, um “Artigo com fotos sobre Aurora Boreal para estudantes”. Esta foi a resposta:

**Título:** “A Dança das Luzes: Entendendo a Aurora Boreal”

**Introdução:**

– Breve descrição do que é a aurora boreal. – Importância da aurora boreal no estudo astronômico e na cultura.

**Seção 1: O que é a Aurora Boreal?:**

– Definição científica. – Como e onde ela ocorre. – Diferença entre aurora boreal e austral.

**Seção 2: A Ciência por Trás das Luzes**

– Descrição dos processos solares que levam à formação das auroras (ejeções de massa coronal, vento solar). – Interpretação da interação entre as partículas solares e o campo magnético da Terra. – Explicação sobre como as diferentes cores são produzidas.

**Seção 3: Observando a Aurora Boreal**

– Melhores locais e épocas do ano para observar a aurora boreal. – Dicas para fotógrafos e entusiastas da astronomia. – Impacto do clima e da atividade solar na visibilidade.

**Seção 4: Aurora Boreal na História e Cultura**

– Significado da aurora boreal em diferentes culturas. – Referências históricas e mitológicas. – Contribuições para a arte e literatura.

**Seção 5: Pesquisa Atual e Futuro da Aurora Boreal**

– Avanços recentes no estudo das auroras. – Como a compreensão das auroras contribui para a pesquisa espacial e atmosférica. – Projetos futuros e missões relacionadas.

**Conclusão:**

– Resumo da importância da aurora boreal no campo da astronomia. – Encorajamento para os estudantes explorarem mais sobre o tema.

**Referências:**

– Incluir uma lista de livros, artigos e websites para pesquisa adicional. Este esboço oferece uma estrutura abrangente que cobre tanto o aspecto científico quanto o cultural da aurora boreal, tornando-o interessante e educativo para estudantes.

**Aurora Boreal: A Majestosa Dança de Luzes no Céu Noturno**

No firmamento das noites mais frias, nas regiões polares do nosso planeta, ocorre um dos mais fascinantes e belos espetáculos da natureza: a aurora boreal. Este fenômeno, também conhecido como as luzes do norte, é mais do que apenas um brilho deslumbrante no céu; é uma verdadeira sinfonia de luz e cor, uma dança celestial que encanta e intriga cientistas e entusiastas igualmente.

**Origem Cósmica**

A história da aurora boreal começa a 150 milhões de quilômetros de distância, no coração do nosso sistema solar: o Sol. A superfície solar é um caldeirão fervilhante de atividades nucleares, lançando constantemente partículas carregadas, conhecidas como vento solar, no espaço. Durante períodos de intensa atividade solar, tempestades geomagnéticas são geradas, impulsionando essas partículas em direção à Terra. Ao chegar à Terra, estas partículas interagem com o campo magnético do planeta. O campo magnético da Terra atua como um escudo, protegendo-nos de muitas dessas partículas solares. No entanto, nos polos, onde o campo magnético é mais fraco, essas partículas conseguem penetrar na atmosfera.

**Um Espetáculo de Cores**

Quando as partículas carregadas do sol entram em contato com os gases da atmosfera terrestre, ocorre uma reação que emite luz. Este processo é semelhante ao que acontece em um tubo de néon. A cor da aurora depende do tipo de gás com que as partículas solares colidem. O oxigênio, por exemplo, produz uma luz verde ou vermelha, enquanto o nitrogênio gera tons de azul e roxo.

**Melhores Lugares para Observar**

A aurora boreal é mais frequentemente vista em altas latitudes, nas regiões próximas aos polos. Locais como a Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia, Alasca e Canadá oferecem vistas espetaculares deste fenômeno. As melhores épocas do ano para observar as auroras são durante os equinócios de outono e primavera, quando a atividade geomagnética é mais intensa.

**Significado Cultural**

Além de seu significado científico, a aurora boreal tem um profundo impacto cultural. Diversas culturas ao redor do mundo têm suas próprias lendas e mitos sobre as luzes, muitas vezes vendo-as como mensageiros espirituais ou prenúncios de eventos importantes.

**Conclusão**

A aurora boreal não é apenas um fenômeno astronômico; é uma fonte de inspiração e maravilha. Ela nos lembra da incrível complexidade do nosso universo e da beleza que pode ser encontrada nos fenômenos naturais. Para os sortudos o suficiente para testemunhar este espetáculo, é uma experiência verdadeiramente inesquecível.

IMAGENS ORIGINAIS DE AURORA BOREAL CRIADAS POR AI

© 1985 – 2024 GEA – Todos os direitos reservados | Desenvolvido por TecnoHelp Tecnologia